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PRÓCLISE OU ÊNCLISE? - Desatando o Nó
PRÓCLISE OU ÊNCLISE?
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Desatando o Nó
"Dê-me um cigarro / Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias / Deixa disso camarada /
Me dá um cigarro." (Oswald de Andrade)
A princípio, os pronomes oblíquos estão bem colocados quando não ferem os ouvidos, quando não se opõem à tendência natural da língua. Entretanto, certas situações como a produção de textos, concursos e vestibulares, exigem o emprego adequado dos pronomes. Por isso, devemos conhecer e dominar as regras vigentes, que veremos a seguir.
Os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) podem ocupar três posições em relação ao verbo: antes, no meio e depois. Esses pronomes se unem aos verbos porque são fracos na pronúncia.
Quando antes do verbo, recebe o nome de [próclise]: Não te convidei. Quando depois,
[ênclise]: Convidei-te.
Vamos trabalhar o antes e o depois, e, em outra oportunidade, a mesóclise (no meio), já que esta foge ao uso corrente no português brasileiro.
A PRÓCLISE – Regras Vigentes
Þ Embora a tendência, no português do Brasil, seja a próclise, a colocação normal dos pronomes oblíquos átonos é em ênclise. Porém, determinadas palavras ou tipos de frases atraem o pronome para antes do verbo (próclise), nos seguintes casos:
01. Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nenhum, nem, de modo algum:
=•> Nada me perturba. / Ninguém se mexeu.
=•> De modo algum me afastarei daqui.
02. Com as conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, embora, com, contanto, caso, conforme, logo, quanto, segundo, consoante, enquanto, quanto mais... mais:
=•> Quando se trata de comida, ele é um bom garfo.
=•> É necessário que a deixe na escola.
=•> Agiu conforme o irmão lhe sugerira.
03. Com os advérbios: aqui, ali, cá, lá, muito, bem, mal, sempre,