Resumo da obra Antígona
As encenações teatrais gregas derivaram dos cultos dedicados a Dionísio, o 13o deus do Olimpo, protetor das vindimas (que provavelmente originou-se da Ásia). Etimologicamente "Dionísio" significa o filho de Zeus (os romanos chamaram-no de Baco). Na época da colheita as comunidades rurais dedicavam ao deus festivo, cinco dias de folias ungidas com muito vinho, até provocar a embriaguez coletiva. Durante as bacantes, isto é, as festas dionisíacas, ninguém poderia ser detido e aqueles que estivessem presos eram libertados para participarem da festança geral.
No início, havia apenas um coro que entoava os hinos, chamados ditirambos, que narravam passagens da vida de Dionísio. Depois, esse coro foi dividido em perguntas e respostas coordenadas por um corifeu (o regente ou diretor do coro). Mais tarde, surgiu o hypokrités, o ator protagonista.
É importante saber a diferença entre tragédia e drama, visto que não são sinônimos. A tragédia aborda temos sérios, com a presença de personagens nobres (deuses, semideuses) e estas são movidas pela paixão, enquanto o drama, caracterizado por um cenário definido, ações marcadas e diálogo, é um campo semântico mais amplo, visto que a tragédia é um tipo de drama com particularidades citadas acima.
O objetivo da encenação de uma tragédia, neste período, é de desencadear o terror ou a piedade na plateia. A tragédia conseguia aglomerar um grande número de espectadores, e assim, podia ser utilizada com o propósito de formar o seu público, uma vez que transmitia informações que auxiliavam na reflexão sobre aquela sociedade que estava se desenhando. No teatro os homens conseguiam perceber suas vidas representadas num palco. A reflexão proposta pelo teatro trágico impõe ao homem o pensar sobre si e sobre sua conduta. Para alcançar os seus objetivos, a tragédia deveria obedecer uma norma de estruturação. Aristóteles, que apresenta na obra A poética um primeiro estudo do gênero trágico, diz ser a tragédia uma