Resumo Crítico-Argumentativo Kuhn

RESUMO CRÍTICO-ARGUMENTATIVO

Elis Formiga Lucena¹
Georgia Simonelly Lima Nascimento²

Teorias como Estruturas: Os Paradigmas de Kuhn (In: O que é Ciência Afinal. 1.ed. São Paulo: Brasiliense, 1993) do filósofo da ciência Alan F. Chalmers apresenta uma discussão sobre a atividade científica, apoiada na ideia desenvolvida pelo físico Thomas Kuhn, no livro A Estrutura das Revoluções Científicas, publicado inicialmente em 1962 (T. S. Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions. Chicago: University of Chicago Press, 1970). Segundo Chalmers, uma característica-chave da teoria de Kuhn é a ênfase dada ao caráter revolucionário do progresso científico, no qual a ciência se desenvolve a partir de etapas que se alternam em um processo cíclico. Ao longo do capítulo, Chalmers vai discorrer sobre o progresso da ciência que na ótica de Kuhn é caracterizado por cinco fases, sendo elas: pré-ciência, ciência normal, crise-revolução, nova ciência normal e nova crise. Assim, esse processo é iniciado a partir da adoção de um paradigma único – composto de suposições teóricas gerais e de leis e técnicas para aplicação – por determinada comunidade científica.
Esse paradigma dirige a resolução de “quebra-cabeças” (como coloca Kuhn) que o grupo de cientistas normais deve responder. Além dessa atribuição, o paradigma também é responsável por legitimar a ciência (ou disciplina) que o governa e é o elemento que marca a distinção entre ciência e não-ciência. De acordo com Chalmers, a natureza do paradigma é iludir uma definição precisa, através da inclusão de maneiras-padrão de aplicação das leis fundamentais a várias situações.
Como coloca Chalmers, a ciência normal para Kuhn é uma atividade de resolução de problemas governada pelas regras de um paradigma. Dessa maneira, o objetivo da ciência normal é melhorar a correspondência entre o paradigma e a natureza. Pressupõe-se que um paradigma forneça meios para a solução de problemas, no entanto, todos os paradigmas possuem