Resumo Cap XV ao XXI O Principe
CAPÍTULO XV
Ressalta-se que um príncipe deve aprender a ser mau quando se é necessário, pois, se esta em meio a perversos, e for somente bom, será conduzido a ruína. Aquele que se preocupar com o que deveria ser feito em vez do que se faz, aprende antes a própria ruína.
Todos os soberanos têm reputações que lhe valem ou não elogios: são liberais ou miseráveis, generosos ou ávidos, cruéis ou misericordiosos, bravos ou corajosos, lascivos ou castos, contudo, seria louvável que todos os príncipes possuíssem todas as boas qualidades mas não as possuindo, deve ser prudente para evitar escândalos que possam fazer com que percam seus domínios, mas se os vícios forem necessários para salvar o Estado, deve exercê-los sem escrúpulos: há vicios que trazem bons resultados assim como há virtudes que levam à ruína.
CAPÍTULO XVI
Não sendo possível ser liberal, o príncipe deve ser prudente e se precisar que o chamem de miserável, não deve se importar, pois passará a ser visto como generoso aos poucos quando perceberem que graças à sua parcimônia terá recursos suficientes para se defender dos inimigos que quiserem atacá-lo e para empreendimentos que não cobrem tributos do povo; portanto, o príncipe não deve se preocupar com a fama de miserável, pois agindo assim não terá que despojar os súditos, nem ser pobre e desprezado, nem ser obrigado a ter uma conduta predatória: a falta de liberalidade é um dos defeitos que lhe permitem reinar; no entanto, aquele que quer se tornar príncipe deve ser liberal, já aquele que já é príncipe deve ser prudente; de fato, não há nada pior para um príncipe do que ser odiado e a liberalidade é um dos caminhos para torná-lo odiado pelos súditos, portanto, é melhor ser conhecido como miserável (desgraça que não provoca ódio) do que ter fama de voraz, que causa tanta desgraça quanto o próprio ódio.
CAPÍTULO XVII
É necessário que o príncipe haja com