A botânica no cotidiano
As plantas foram utilizadas em produtos pela primeira vez nas civilizações antigas. Eram usadas em perfumes, medicamentos e outros produtos para fins cosméticos, de alimentação, religiosos e funerários, entre outros. Com o avanço da tecnologia, as indústrias continuam descobrindo novos produtos a partir de muitas das plantas descritas há séculos.
Das plantas podem ser extraídos óleos aromáticos e corantes para fabricação de perfumes, incensos, tintas, etc. Outra substância obtida de planta com relatos de sua utilização na Antiguidade e que derivou uma série de compostos existentes atualmente é o ópio. Conhecido como a primeira descrição de um sabor amargo na história dos sabores, a partir do composto foi obtido uma série de alcaloides-substâncias básicas derivadas principalmente de plantas -, em grande parte com sabor amargo e com aplicações em setores como a indústria farmacêutica. Outra substância também derivada de um produto natural bem menos amargo do que o ópio tem o Brasil como maior produtor mundial: a cana-de-açúcar. E o país deveria se empenhar em transformá-la em outros produtos, além dos atuais.
As algas vêm sendo usadas como alimento e produto medicinal desde tempos muito antigos. Esses vegetais marinhos já eram utilizados a mais de 12.000 anos no Japão e na América do Sul. Atualmente, os maiores consumidores de algas ainda são os povos orientais, porém, em vários países ocidentais, passaram a integrar o cardápio de muitos restaurantes. Alguns de seus derivados tornaram-se imprescindíveis na preparação de vários pratos da cozinha contemporânea e são adicionados na elaboração de muitos produtos alimentícios industrializados. Da mesma forma que os vegetais terrestres são produzidos por meio da agricultura, algumas algas são cultivadas em grandes áreas nas regiões costeiras, especialmente em países orientais. A alga vermelha é usada principalmente no preparo do “sushi” e do “temaki”, pratos típicos