Cagliari inicia o texto, A Linguística e o Ensino do português, citando grandes mestres, Said Ali, Souza da Silveira, Serafim da Silva Neto, Antenor Nascentes, Carlos Eduardo Pereira, os quais, as ciências da linguagem se beneficiaram muito dos seus trabalhos. “Eles foram linguistas voltados para preocupação e técnicas descritivas ao alcance de cada um, no seu tempo.” (pg.40) A linguística sofre uma grande “atualização” nos últimos tempos, a qual nem todos professores de português souberam lidar, alguns utilizaram essa “atualização” para melhorar seu desemprenho profissional nas suas atividades docentes, outros apenas se fecharam, e simplesmente ignoraram a Linguística, rotulando- a como “fogo de palha”, como diz Cagliari. Também tiveram aqueles que se agarraram á primeira teoria nova, e simplesmente radicalizaram as críticas, e chegaram até a exigir mudanças indevidas no ensino do português. Diante desta evolução, muitos tomaram atitudes que impediu o avanço da ciência e bloqueou o direito de informações mais atualizadas nos programas dos cursos de Letras. Também tiveram os que se apegaram á teoria da comunicação, feita portabandeira para uma renovação total, resultando em péssimas consequências no ensino do português, já que a teoria da comunicação não é uma teoria sobre linguagem, e sim sobre um aspecto dela, a função comunicativa, que nem é a principal função da linguagem. Essa reforma na forma de ensino do português, com base na teoria da comunicação, causou grandes consequências, não pela teoria, mas pelo modo como foi aplicada. Cagliari faz um esclarecimento, que muitos professores atribuíram os fracassos da escola mais recente á intromissão da Linguística em sala de aula. A Linguística tem por objetivo o estudo da linguagem e, por conseguinte não é por si um método de ensino. (pg.41) Assim como a teoria chomskiana, representa um enorme avanço nos estudos da linguagem, mas não foi feita para o ensino do português nas escolas. Um professor competente deve