resumo abem
Verificamos um questionamento freqüente sobre orientações que pode ter a formação de músicos e de educadores musicais nas universidades públicas brasileiras. Reflexão não suficientemente aprofundada na proporção da importância que as funções do músico e do educador musical têm em nossa sociedade.
No encontro anterior da ABEM (2003) fiz colocações, das quais recupero aqui: a questão do mercado para o educador musical e as expectativas possíveis de seu desempenho.
A idéia vigente para esse profissional leva em conta o dado visível, constatável e quantificável, que carece de complementação e para ser melhor estimada, necessita de uma visão contemporânea, fundada na realidade das necessidades sociais. Com base nisso defini-se alternativas de perfil e de ação que no futuro tornaram-se especializações dessa profissão, respondendo às problemáticas de um mundo em constante movimento.
O que denominamos realidade constitui-se num universo de potencialidades, dos modos de funcionamento e princípios de existência. Cabe, portanto aos profissionais da educação musical observar e refletir, conectados com a realidade e com suas dimensões “potenciais” e latentes.
É como decorrência da ampliação de perspectivas que as profissões evoluem, inaugurando novas situações de trabalho e avançando suas condições de contribuição social. O caminho de educador musical historicamente espelha as transformações do mundo e as definições de sua função nas diversas sociedades.
Nesse sentido nos perguntamos: o que seria uma educação musical hoje? Para que, para quem, como? Educação para ou pela música (Música ou músicas)? Que alunos têm em mente e que natureza de relação estamos habilitados a propor entre eles e o que estamos chamando “música”?
Uma educação musical humanizadora.
Em muitos dos projetos de ação social vemos a música presente, na condição prática de elemento de integração social.