Resumo 2

CCA0277 - Teoria e Métodos de Pesquisa em Comunicação
Jean Ricardo Freitas nº USP: 8802169

Relatório do Texto “Mercado Cultural no Brasil e Pesquisa em Comunicação”

No primeiro capítulo do livro Pesquisa em Comunicação Immacolata discorre a respeito da constituição do mercado cultural no Brasil, marcada pela presença estatal como instituição organizadora de cultura e pela progressiva hegemonia dos meios de comunicação de massa. Resumidamente, destacam-se duas etapas nesse processo, similares às que regem transformações no mercado de bens materiais: as etapas de “desenvolvimento nacional” – dos anos 1930-50 – e “desenvolvimento internacional – a partir de 1950.
Essa primeira fase foi marcada pelo projeto de desenvolvimento dos anos 1930, que teve como consequência a industrialização e caracterizou o ethos urbano, que manifestava-as através de um clima distinto das áreas urbanas – trazendo concentração demográfica aos centros. Nesse período os meios de comunicação de massa (MCM) desempenhavam o papel de difusores do estilo de vida urbano e de agências de socialização antecipada – atuando sobre o contingente de trabalhadores rurais e trazendo adesão a ideia de urbanização como padrão de vida superior. Os MCM foram eficientes também no projeto populista, para definição de uma identidade nacional, projeto intelectual do século XIX. Do mesmo modo, não se pode ignorar as bases populares de maior sucesso no rádio e cinema. Além disso, já nessa época era possível observar a constituição do mercado de bens culturais no Brasil, que distingue o campo de atuação do Estado – preservação de acervo artístico e histórico – e da iniciativa privada – relação com a cultura popular.
A segunda etapa, a etapa de desenvolvimento t ransnacional iniciou-se no governo de Juscelino Kubitschek (1956-60) e intensificou-se na ditadura militar (1964-85). Nessa fase a Indústria Cultural passa a ser mediadora da relação do Estado com a sociedade civil; houve a consolidação do mercado cultural em