Restauração da Monarquia
Por restauração monárquica pode-se compreender qualquer processo histórico de restauração de uma monarquia, isto é, a sua restituição na sequência de uma república ou após um intervalo de ocupação do trono por uma dinastia considerada ilegítima pela dinastia restaurada. O novo Parlamento, apoiado por tropas escocesas, houve por bem restaurar a monarquia, chamando Carlos II, o filho do rei decapitado, Carlos I, para assumir o trono da Inglaterra, Escócia e Irlanda. A Restauração da monarquia inglesa teve seu início em 1660 após o intervalo de reinados ingleses que se seguiu à Guerra Civil Inglesa. A proximidade de Carlos II com o rei da França Luís II tornou-o suspeito ao Parlamento, que se dividiu em dois partidos: os liberais pró-Parlamento e os conservadores pró-rei. O termo Restauração é utilizado para descrever também o período dos anos seguintes, no qual um novo cenário político foi estabelecido, o reinado de Carlos II (1660-1685), e até mesmo ao curto reinado de seu irmão, Jaime II (1685-1688). Carlos II, devido a divergências entre os militares que assumiram o poder, foi proclamado rei, que passa a seguir o absolutismo e instaura a supremacia da Igreja Anglicana. Apesar de se denominar “rei pela graça de Deus”, era rei pela vontade do Parlamento, porém suas atitudes eram recebidas com desconfiança do Parlamento e da população. Jaime II (irmão e sucessor de Carlos II) foi isolado por causa de seu catolicismo, sua ideia era submeter o Parlamento e os governos locais. A Igreja Anglicana não o apoiava e as forças políticas que haviam se juntado contra seu pai, o tiraram da liderança, fazendo Jaime II se refugiar na França. Carlos II, mesmo apoiando a ideia absolutista, não restaurou o absolutismo por medo do Parlamento.