balao
O balão foi desenvolvido pouco mais de cem anos antes do avião, satisfazendo em parte o desejo ancestral do ser humano de conquistar os céus. Balão da atualidade Um dos primeiros projetos para um aparelho voador mais leve que o ar data de 1670, de autoria do padre Francesco de Lana. Sua embarcação aérea seria sustentada por quatro balões, cada um composto por uma esfera de cobre fino, com 6 metros de diâmetro, nos quais se fazia vácuo e propelido por meio de uma vela. Apesar do princípio de funcionamento parecer correto, na prática, as esferas cederiam sob a pressão externa do ar, transformando-se em massas disformes. O problema central do projeto era o desconhecimento da existência de gases com menor densidade que a do ar, responsáveis por impelir os balões. Em 1776, o cientista inglês Henry Cavendish descobriu várias propriedades do hidrogênio, entre as quais, sua baixa densidade; um ano depois, Joseph Black, da Universidade de Edimburgo, teria sugerido um experimento para demonstrar tal descoberta, enchendo com hidrogênio um balão fino e leve que, uma vez solto, flutuaria até o teto. Não se sabe ao certo se a experiência foi realizada, mas, na mesma época, o italiano Tiberius Cavallo realizava experiências na Inglaterra, demonstrando o poder de suspensão do hidrogênio, usando-o para encher bolhas de sabão. O experimento ficou registrado na obra História e Prática do Aerostato, o primeiro livro a tratar da ciência da aeronáutica . O primeiro a realizar experimentos com um balão para que este se tornasse um meio de transporte foi o jesuíta português Bartolomeu de Gusmão, também conhecido como o "padre voador", com a sua "Passarola". Iniciou seus