Responsabilidade social e cidadania corporativa

RESPONSABILIDADE SOCIAL E CIDADANIA CORPORATIVA
Sérgio Luiz Scatolin da Silva[1]
Cidadania é o conceito de que um indivíduo participante de uma comunidade tem perante ela deveres, mas também possui direitos.
A atitude cidadã é aquela em que o indivíduo tem consciência de seus deveres e direitos perante a sua sociedade e dispõe-se e empenha-se em cumpri-los e usufruí-los em plenitude.
Peter Drucker[2] considera que as organizações só podem existir dentro de um ambiente social, razão pela qual empresas são consideradas organismos da sociedade. Portanto, participam dessa sociedade tal e qual os indivíduos participantes sociais.
Seguindo-se tal raciocínio, o conceito de cidadania aplica-se igualmente às organizações, de vez que toda e qualquer organização deveria assumir uma atitude de conhecer e usufruir seus direitos perante sua sociedade e/ou comunidade, mas sem se furtar de, em contrapartida, assumir suas responsabilidades e deveres com essa sociedade / comunidade.
Do conceito de cidadania corporativa, decorre o conceito de responsabilidade social, que o Instituto Ethos (www.ethos.org.br) define como “uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torne parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social”.
Responsabilidade social empresarial, pois, é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
Drucker (2002) comenta que as responsabilidades sociais de uma organização surgem em duas áreas: a) dos impactos sociais causados pela organização; ou b) como problemas da própria sociedade.
No primeiro caso (a), classificam-se todos os impactos ou conseqüências sobre a sociedade, decorrentes da própria atividade da