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O CHOQUE
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O significado da palavra inglesa 'shock' (em português, 'choque') é proveniente de um erro de tradução, ocorrido no século XVIII. Um cirurgião francês chamado Le Dran, ao escrever um tratado sobre feridas por armas de fogo, em 1737, cunhou o termo 'choc' como indicativo de um 'forte impacto'. Ao traduzir este termo ('choc' para 'shock'), o médico inglês Clarke, em 1743, mudou o seu significado ao defini-lo como 'uma súbita deterioração das condições clínicas do paciente após um grande trauma'. Este termo então foi popularizado por Edwin Morris em 1867, relacionando-o sempre a eventos pós-traumáticos.
O conceito de choque foi inicialmente desenvolvido no estudo do trauma - na verdade, tratava-se do choque hemorrágico. Passou então a constituir um importante tema da 'medicina de guerra'. Antes de morrer no campo de batalha, o soldado geralmente entrava no 'estado de choque' - um prenúncio da fatalidade... A medida que foram ocorrendo as guerras do século XX, foram-se aprimorando as teorias fisiopatológicas sobre o choque, o que levou a diversas e sucessivas modificações da definição deste termo. O choque passou a ser classificado em diversos tipos, como choque hipovolêmico, séptico e cardiogênico. O termo choque cardiogênico foi introduzido em 1934 por Fishberg ao descrever um paciente com infarto agudo do miocárdio fulminante.
Choque não é sinônimo de hipotensão arterial!! Quando dizemos 'hipotensão arterial' nos referimos a uma PA sistólica inferior a 90mmHg. Nem todo paciente hipotenso encontra-se chocado. Por exemplo, é possível nos depararmos com uma pessoa que tem uma PA 85 x 50 sem apresentar sinais de hipoperfusão orgânica. Esta situação não é rara em mulheres jovens. Por outro lado, nem todo paciente com choque tem PA sistólica < 90mmHg. Podemos encontrar um paciente com sinais francos de hipoperfusão