Responsabilidade ecologica
A rutura dos equilíbrios ecológicos, a poluição, o esgotamento dos recursos naturais, a utilização indiscriminada desses recursos para fins consumistas, farmacêuticos, ou mesmo cosméticos, são a razão da emergência na contemporaneidade de uma consciência ecológica que procura deter o desgaste do planeta, agora que a própria sobrevivência da espécie humana está em risco iminente. Após a euforia tecnocientífica impõe-se, quer ao nível do indivíduo, quer ao nível das sociedades, dos sistemas políticos e da cultura, a emergência da formação de uma consciência ecológica de referência, que previna os excessos e assegure a continuidade da vida e dos seus recursos às gerações futuras. A origem deste problema remonta ao século XVII onde encontramos filósofos como Francis Bacon (empirista) e René Descartes (racionalista) responsáveis por algumas das possíveis razões do desvirtuamento da relação que originalmente o Homem mantinha com a Natureza. Para ambos, a conquista do saber deve refletir-se no domínio objetivo da Natureza, resultado este da necessidade do Homem fazer frente às catástrofes naturais, melhorar o seu bem-estar e fazer a terra produzir para os fins que este julgar conveniente. Data desta altura o abandono da vivência em sociedade com regime feudalista e adotando-se o capitalismo. Dá-se então a viragem da Idade Média para a Idade Moderna. É neste mesmo século, que se dá a Revolução Científica, na qual a Natureza passa a ser vista como uma “grande máquina”, abandonando assim o conceito de que esta era um ser vivo que se temia. Esta “máquina” passava então a ser comandada pelo Homem seu detentor e possuidor. Baseado na sua grande obra, “Grande Instauração”, Francis Bacon (1562-1626) inicia a criação de uma nova ciência, capaz de restaurar o saber. “O Cientista não é mais do que um servidor e intérprete da Natureza”, facto que o fazia afirmar que todo o conhecimento provinha da ciência que tinha que ser desenvolvida. A metodologia