Respeito a vida animal
Um animal de estimação sempre traz alegria a nossa casa. Alguns são até considerados como membros da família, assim como são os da minha residência. Mas nem sempre o que vemos pelas ruas é assim. Há inúmeros casos, infelizmente, de abandono e maus-tratos por parte de quem deveria ter senso de responsabilidade sobre essas vidas, que não escolheram para estar nesses lugares.
Muitos são abandonados em vias públicas, parques, portas de instituições e até mesmo em pet shops. Os motivos são os mais diversos e, muitas vezes, cruéis: falta de condições ou paciência para cuidar do animal; ocorrência de agressão aos donos; uma ninhada de filhotes não esperada; desinformação a respeito do crescimento e desenvolvimento do animal; desinteresse pelo "brinquedo" ou simplesmente por puro sadismo. Isso sem contar com os maus-tratos e agressões cruéis que muitos sofrem. Numa sociedade em que quase tudo é objeto de consumo fugaz, muitas vezes o homem se esquece de que os animais sentem tanto quanto ele, afinal estamos falando de vidas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que exista cerca de 10 milhões de gatos no Brasil e 20 milhões de cães. Segundo ainda a OMS, em grandes centros urbanos, há um cão - por exemplo - para cada cinco habitantes, sendo 10% deles em estado de abandono. Em São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina, os números do abandono de cães e gatos são difíceis de apurar, mas, com certeza, contabilizam os milhares.
Esses bichos que vivem nas ruas acabam se reproduzindo e inflacionando as estatísticas da população animal, assim como os espaços dos centros de zoonoses e das ONGs. Em razão da falta de assistência, esses animais acabam por adquirir e transmitir doenças, o que pode comprometer à nossa saúde. Mais a pergunta que não quer calar seria, esses animais são culpados?
A Declaração Universal dos Direitos do Animal, aprovada em 1978 pela UNESCO, seguindo na mesma linha da Declaração Universal dos Direitos do