Respeitar ou valorizar as diferenças?
Juliete Bernardo de Mendonça
HOFFMANN, Jussara. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2005.
O texto “Respeitar ou valorizar as diferenças?” de Jussara Hoffmann mostra que não se deve apenas respeitar as diferenças, mas valorizar e dar oportunidades aos alunos a construir suas próprias ideias no seu tempo, de acordo com seu desenvolvimento. O modelo educacional que pautou no último século foi o homogêneo. Atualmente fala-se muito em igualdade e oportunidade educacional para todos, no entanto, levam esse termo para a avaliação, o que nem sempre gera bons resultados. Isso deu origem a vários procedimentos seletivos nas escolas, tais como: avaliação comparativa, sistema apostilado, médias ponderadas de aprovação/reprovação. Agindo dessa forma a escola se baseia apenas na justiça do padrão, em definir critérios quantitativos, objetivos e precisos, com isso não se preocupa com os meios de auxiliar o estudante a superar suas dificuldades ao longo de sua escolaridade. É preciso entender que ser justo não é apenas oferecer escola igual para todos, mas garantir a cada um o direito a uma educação digna, que atenda às suas diferenças no decorrer da aprendizagem. Nesse sentido a justiça em avaliação nos remete ao significado da palavra diversidade (divergir, questionar padrões, buscar a diferença). A avaliação mediadora atende a esses sentidos e só se efetiva na flexibilidade frente a cada contexto, ou seja, compreendendo os diferentes jeitos de viver e de aprender de cada educando, oferecendo-lhes o direito a melhores e mais dignas oportunidades de aprendizagem no ambiente escolarizado. Ser justo remete a ter coragem, exige muito esforço e renúncia, generosidade, humildade e tolerância. Dessa forma a justiça em avaliação mediadora deve valorizar as diferenças, dialogar e inventar estratégias pedagógicas diferentes, ou seja, incluir o aluno verdadeiramente no contexto de diversidade, sem desrespeitar o