Aquecimento global
Quando você compra um produto, pensa de onde ele veio, como foi planejado, o que foi gasto para que ele existisse? No geral, não fazemos isso sistematicamente – mas há quem faça! A ambientalista norte-americana Annie Leonard, por exemplo, fez e divulgou suas descobertas pelo vídeo que a deixou famosa no mundo todo, “A História das Coisas”.
Mas por que falar desse vídeo agora? Porque refletir sobre a origem das coisas é um ótimo jeito de começar a falar de design sustentável. Afinal de contas, se nós nem sempre pensamos em tudo isso quando fazemos uma compra, será que tem alguém que pensa?
Sim, esse é exatamente o trabalho de um designer. Ao desenvolver um produto, ele tem de pensar nos recursos que serão necessários para fabricá-lo, nos usos do produto, nos custos, no preço final ao consumidor. Mas pode também fazer mais do que isso: se der um passo para trás e pensar em como aquele produto se encaixa em uma cadeia e o quanto ele é necessário, talvez lhe ocorram soluções inovadoras e ele perceba que existem outras maneiras de olhar para aquela aparente demanda.
Dentro desse repensar de usos e funções, surgiu o termo “Design Sustentável”. Ele integra ao desenvolvimento de um produto as três bases da sustentabilidade: que esse produto seja economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente equitativo. “O design sempre teve essa preocupação ampla, e agora isso vem se estruturando de maneira mais efetiva”, explica Fábio Silveira, professor do curso de Design do Istituto Europeo di Design (IED), em São