Resistência à mudança organizacional: uma análise entre instituição pública e organização privada
Silvana Ligia Vincenzi Bortolotti, sligie@globo.com, UTFPR/PR
Afonso Farias de Sousa Júnior, bvfire@gmail.com, UNIFA/RJ
Dalton Francisco de Andrade, dandrade@inf.ufsc.br, UFSC/SC
Resumo
O ambiente altamente competitivo, a introdução de novas tecnologias, alterações de leis, remodelagem na estrutura organizacional, são alguns exemplos que impulsionam as organizações a implantar mudanças para garantir a sua sobrevivência e oferecer um serviço de qualidade. Isto tem ocorrido tanto nas organizações do setor público como no setor privado. No entanto, muitas vezes nesses processos de transformação, a mudança não tem alcançado o sucesso desejado e uma das causas é manifestação da resistência à mudança. Este artigo objetiva verificar se há diferenças significativas entre as estimativas das reações de funcionários de organização pública e privada considerando que as organizações públicas têm características próprias diferentes das organizações do setor privado. Para tal, aplicou-se um questionário contendo 52 itens que avalia a resistência à mudança em duas organizações uma pública (142 respondentes) e outra do setor privado (216 respondentes) e buscou-se estudar comparativamente a resistência à mudança nos dois setores. Os resultados encontrados mostraram que, embora as organizações tenham estruturas diferentes, principalmente quanto aos recursos humanos não houve evidências estatísticas significativas de que as estimativas das reações frente a uma mudança sejam diferentes entre as duas organizações. Isto reforça a afirmação de que a resistência à mudança é um fenômeno natural, próprio dos seres humanos.
1. INTRODUÇÃO A mudança é onipresente e, é considerada uma constante nas organizações públicas e privadas (BRUNTON e MATHENY, 2009).
Nas ultimas décadas as organizações foram obrigadas a experimentarem continuamente mudanças