Gestão Pública
Resistência à Mudança:
A Análise da Implantação do Processo Judicial Eletrônico no Tribunal Regional do
Trabalho na Cidade de São Paulo
Autoria: Renata Ferretti, Guilherme Smaniotto Tres, Sergio Vinicius Louzada
RESUMO
A Reforma do Estado apresentou avanços modestos no Brasil nos últimos anos, influenciado pelos valores organizacionais e elementos culturais fortes das instituições públicas brasileiras e, provocado pela resistência à mudança dos atores organizacionais. A proximidade da implantação do processo eletrônico no Judiciário brasileiro, como instrumento necessário para elevar a eficiência governamental, apresenta-se como um processo de mudança organizacional, cujo sentimento de perda é caracterizado como morte simbólica. Assim, a presente pesquisa de natureza exploratória e quantitativa visou responder a pergunta:
Situações de mudanças, com a implantação do modelo gerencial na administração pública, causam resistência por parte dos atores internos institucionais?
Palavras-chave: Administração pública gerencial. Resistência à mudança. Morte simbólica.
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INTRODUÇÃO
Muito tem se falado sobre a implantação do modelo gerencial na administração pública brasileira, contudo, anos após a publicação do Plano Diretor da Reforma do Estado, em 1995, apenas avanços modestos foram verificados. Dentre os diversos eixos estratégicos no processo de modernização do Estado brasileiro, destaca-se a informatização como instrumento para aumentar a eficiência organizacional, nesse aspecto, a implantação do processo judicial eletrônico (PJe) em nível nacional, unificaria com segurança e racionalização a tramitação de demandas judiciais. Assim, na iminência de implantação do
PJe no judiciário brasileiro, a presente pesquisa ganha relevância ao propor a identificação dos aspectos de resistência à mudança de seus atores internos.
Uma vez que algumas das características das