Residencias romanas
Ainda há menos de um século, os arqueólogos admitiam que as casas de Roma eram todas casas com atrium e os testemunhos dos textos pareciam corroborados essencialmente pelas escavações de Pompéia. Hoje, o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa empreendidos em Herculano e em Óstia, assim como na própria Roma, alterou a essa perspectiva. A casa com atrium clássica foi, sem dúvida, e durante muito tempo, a residência romana típica, mas também desde muito cedo começaram a ser construídas casas de habitação muito diferentes, que se tornaram rapidamente as mais numerosas e que desde a Antiguidade eram designadas pelo termo insula, insulae (ilhéu). Durante o Império, as casas de Roma pertenciam a outro tipo, e existia, naturalmente, um grande número de formas intermédias, mas podemos afirmar que as domus, isto é, as casas com atrium, que exigiam uma superfície relativamente vasta e inicialmente só podiam alojar uma família, regridem constantemente perante as insulae, muito mais econômicas e muito mais rendáveis para os proprietários. No auge do Império Romano, haviam cerca de 1.800 domus no território romano e mais de 46.000 residências conhecidas como Insulae. Ou seja, apesar de ser uma residência típica dos romanos, apenas os patrícios e ricos comerciantes poderiam ter uma casa assim. Diferentemente daquilo que se sabe a respeito da arquitetura residencial grega, aparentemente as casas romanas variavam bastante em seu formato, tamanho em caráter. Uma das primeiras diferenças em relação à casa grega é a generalização da existência de não mais um, mas de dois pátios nas residências unifamiliares romanas: tal aspecto costuma ser apontado como uma evidência do caráter patriarcal daquela sociedade, visto que um dos pátios seria restrito à circulação dos homens da casa. Verificavam-se três modelos bastante difundidos de residências em Roma:
INSULAE ou INSULAS caracterizadas como edifícios de