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Mirco, personagem apresentado no longa, sofre um acidente e perde a visão com 10 anos, com isso é obrigado a ir estudar num internato para deficientes visuais, pois na Itália dos anos 70 havia uma lei que proibia essas pessoas de frequentar a escola pública regular.
O garoto sempre foi apaixonado por cinema. Antes do acidente, seu pai o levava sessões de cinema e, mesmo depois que perdeu a visão, ele não deixou de gostar. Ele declara no filme que ainda entende a história porque há vozes e sons ambientes e foi por causa disso que Mirco começa a desenvolver o gosto pela edição de som.
No internato, ele descobre um gravador e começa a desvendar seus outros sentidos, principalmente a audição. Usa-o para representar sons da natureza, e com a ajuda de amigos constrói histórias fascinantes.
O problema é que o diretor do colégio, que também é cego, possui uma visão muito limitada sobre as condições dos garotos com a deficiência visual. Direcionava-os para serviços manuais como a tecelagem, o que infelizmente ainda retrata grande parcela da realidade atual.
Por isso, a história de Mirco é de superação. Ele não ficou limitado a sua condição, buscou seus sonhos se adaptando ao novo modo de vida.
Porém, além disso, hoje em dia a sociedade pode promover maiores condições de adaptação para os deficientes visuais como: a audiodescrição.
A audiodescrição é um dos grandes focos do nosso projeto. Com ela, podemos proporcionar maior vivência dos materiais audiovisuais. Imagine como é importante ter acesso não só ao conteúdo sonoro o filme, mas à descrição da cena?
Vamos lutar pela igualdade de direitos e oportunidades?!
Entre nesta luta com a gente!
Ficha Técnica
“Rosso como il cielo” (2006)
Direção: Cristiano Bortone
Roteiro: Cristiano Bortone, Paolo Sassanelli, Monica Zapelli