resenha
O autor Emanuel Araújo nos mostra a sexualidade feminina na colônia em diversas formas e diversos níveis. A sexualidade feminina controlada pela sociedade, pela igreja e pela família, nos dá uma idéia de como essas mulheres, da época colonial, se esgueiravam dos controles a que eram submetidas, com o objetivo de podar a manifestação dos seus desejos.
A regra da moral e dos bons costumes ditavam as regras dos comportamentos dessas mulheres, que devido ao rigor das regras sociais, sempre davam um jeito de burlar o ordinário para satisfazer suas vontades sexuais.
No Brasil colônia as mulheres eram submetidas a vigilância constante da família, da sociedade e, principalmente da igreja. Emanuel Araújo consegue deixar clara a posição dos eclesiásticos na participação da repressão sexual das mulheres. Usando o artifício de que o homem era superior, e portanto cabia a ele exercer a autoridade. Usando a bíblia como mestra de seus argumentos, ou melhor dizendo, a “epistola aos efésios”, a igreja fazia questão de lembrar a todo instante que “o homem é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja”. A Igreja, dessa maneira, estaria sujeita a autoridade de Cristo, , como as mulheres estão sujeitas a seus maridos. Segundo a igreja, foi a mulher quem levou o homem ao pecado, e por causa dela a humanidade futura ficou ficou podada de usufruir do paraíso.
Emanuel destaca Paulo como principal influenciador da igreja, no que se refere ao controle da sexualidade feminina. Ditando normas de comportamentos femininos como o que usar e como se apresentar diante da sociedade, os ensinamentos do apóstolo vai deixando bem explícito a posição inferior da mulher:
...Eu não me permito que a mulher ensine ou doutrine o homem.Que ela conserve, pois , o silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva, e não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que seduzida, caiu em transgressão. Entretanto ela