Resenha

Mundo novo, O ADMIRÁVEL, 1998, Aldous Huxley
“O admirável mundo novo”, relata sobre um futuro que já não se parece tão distante. Onde não existem pais e mães, todos são criados em laboratório. E desde pequenos são manipulados biologicamente e psicologicamente, para viverem em harmonia em uma sociedade que convive com uma falsa felicidade. Demonstrando o controle político, aliado à ciência e tecnologia.
Essa sociedade é dividida em castas, onde a Alfa mais é a mais alta e a Delta é a classe trabalhadora, que convive com uma servidão aceitável. Onde a ordem é mantida através de doses contínuas de Soma, uma espécie de droga que faz com que a pessoa fuja da realidade de seus problemas e se sinta feliz. Uma sociedade que não tem liberdade de escolhas e nem sentimentos, todos são de todos, e ninguém pode se prender a uma pessoa só.
Com a chegada de um indivíduo “selvagem” que confronta-se diretamente com o mundo moderno, o governo teme que a ordem da sociedade seja abalada.
No filme o autor faz críticas ao desenvolvimento “extraordinário” da ciência, e à perda de valores da sociedade. E apesar de ter sido lançado à muitos anos atrás, ele nos mostra uma realidade presente nos dias de hoje, uma sociedade regida pela tecnologia e pelo materialismo. Onde somos “escravos” do consumismo, trabalhamos para conseguir algo, pelo “ter”. A felicidade está nos bens materiais, na tecnologia avançada, o que seria o nosso “SOMA”.
O trabalho se tornou alienado, o ser humano, os valores éticos e morais, e até mesmo a família, perderam o seu valor. De certa forma, também vivemos uma servidão aceitável.