Resenha

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT
CURSO DE GEOGRAFIA BACHARELADO
DISCIPLINA DE CARTOGRAFIA BÁSICA
PROFESSOR: EDSON MINARETE

Ranieli Cavalcante dos Santos¹

MERCATOR E OS GEÓGRAFOS: EM BUSCA DE UMA PROJEÇÃO DO MUNDO.

Jörn Seemann ² O autor segue uma cronologia histórica, partindo da cartografia grega até os dias atuais, relacionando esses momentos com o desenvolvimento e a importância da projeção do holandês Gerardus Mercator. Além disso, mostra a opinião de outros autores, e a formulação de novas projeções com base na de Mercator. É perceptível que a cartografia grega recebeu influências de Anaximandro de Mileto, que se baseava em um sistema cosmológico, sendo que ele expressava a visão de mundo por meio de sua imaginação e especulação. Claudio Ptolomeu destacou-se por suas malhas de coordenadas de latitude e longitude, buscando a racionalidade real das medidas do mundo. Durante a idade média, o misticismo religioso estava ligado á cosmografia cristã, ou seja, o conhecimento seria iluminado por um ser superior, Deus. No período do Renascimento houve a redescoberta da cartografia ptolomaíca, onde foi marcada pelo começo da modernidade europeia, o estilo dos conteúdos dos mapas e atlas eram caracterizados pelos padrões de objetividade, praticidade e funcionalidade. Alguns mapas eram vistos como forma estratégica de “provocar” outros países, outros já possuíam belos padrões estéticos e artísticos, era o caso da cartografia holandesa do século XVI. Seeman ressalta que a religiosidade de Mercator implicou na tentativa de conciliar o catolicismo com a ciência, um reflexo disto é o seu primeiro mapa de 1537, que representava a Palestina conforme estava escrita no livro de Moisés. A projeção deixada por Mercator consiste em dois conceitos importantes, o de loxodroma, que é o percurso no mapa como uma linha reta, e o de ortodroma, onde a distância real mais curta é representada por uma curva. Ao elaborar essa