Resenha
Com uma proposta inovadora a autora Marilena Chauí nos convida no seu livro Convite a filosofia, a vermos o mundo que conhecemos de uma forma totalmente nova.
No decorrer do capitulo ela nos mostra como vemos o mundo e o aceitamos da forma que nos é ensinado por tantos meios que norteiam nossa existência para tanto, nos faz lembrar-se de dois grandes personagens (e autores) da historia mundial, Sócrates, que se autonomeava como eterno não conhecedor de todas as “verdades” impostas à sociedade; e Descartes, que com seu método Cartesiano nos ensina a duvidar de tudo aquilo a que nos acostumamos a aceitar como verdades inquestionáveis.
E o pior é que realmente é assim que vivemos como se todas as coisas fossem assim desde sempre, mas que o que é desde sempre? Quando foi que a humanidade passou a viver como se máquina fosse, ou parte de uma estrutura programada para funcionar, com a força de uma comunidade acrítica que segue uma rota sem questionar para onde está se direcionando com suas ações tidas como normais?
Será que tudo pode ser como na musica de Renato Russo “... Porque esperar se podemos começar tudo de novo?...” até quando vamos viver essa realidade construída e nos apresentada como natural? Não é preciso muito para se libertar dessa ideologia de vida. Marilena nos mostra o começo do caminho: questionar tudo o que conhecemos e aceitamos normalmente. No decorrer do capitulo Marilena nos mostra como nossa visão apressada pode nos fazer enxergar coisas que não existem, e ainda como vivemos uma ilusão como se verdade fosse com uma visão enevoada por verdades forjadas desde se sabe lá quando, e nos convida a nos adotar atitudes de estranhamento com tudo que é apresentado como natural e vermos o que é real de fato e não o que querem que vejamos.
A autora ainda mostra-nos de que forma somos induzidos todos os instantes a aceitar essa forma de viver, através das palavras, independente da forma como ela nos é apresenta (escrita, falada)