RESENHA: O significado da infância”, Miguel Arroyo
No texto “O significado da infância”, Miguel Arroyo afirma que a infância estar em permanente construção e, há alguns anos atrás era entendida de forma diferente, errônea comparando-se com as definições atuais. O autor menciona diferenças vividas nessa fase da vida em ambientes rurais e urbanos, e defende uma proposta curricular para a infância nos contextos vividos.
A infância passou a ser compreendida como necessária ao desenvolvimento pessoal e, portanto, precisa atendida como deveres públicos do Estado, vendo essa fase da vida como umperíodo em que a criança possa ter seus direitos garantidos e respeitados por leis relativos à sua idade. O autor fundamenta a proposta de uma educação infantil que dê condições materiais, pedagógicas, culturais, sociais, alimentares, espaciais para que a criança viva e se experimente como sujeito de direitos garantindo a vivência da cidadania desde a infância.
Lilian Sulzbach no vídeo “A invenção da infância” também mostra como era a infância rural e urbana instigando as diferenças cultural e financeira, manifestando a adultização da criança. Lilian apresenta grandes invenções do homem no decorrer dos anos e com uma delas surge a infância, pois segundo ela, ser criança não significa ter infância.
Enquanto Arroyo e Sulzbach relatam a invenção da infância, Vital Dionet já vem falando sobre a desinvenção. Inicia com a tese de PhilippAirés (1981) de que o conceito de infância tal como é concebida no século XX é uma criação da sociedade, concluindo que infância existe e tem a ver com a história cultural, na mesma linha de pensamento conclui que a própria sociedade a desinventa com a alunização precoce da criança ao incluir obrigatoriamente a criança de 6 anos ou antes no ensino fundamental de 9 anos. Dionet questiona a lei nº 11.274/2006, considerando-a como oposição as interpretações feitas pelo Conselho Nacional de Educação, nos pareceres º 6/2005 e 41/2006, este ultimo criado no mesmo ano da referida lei.