Resenha-O Príncipe

Nicolau Maquiavel em sua obra prima “O Príncipe”, escrita em 1513, após ter sido, em 1512, exilado e destituído de suas funções públicas, ação ocorrida posteriormente a tomada do poder de Florença pela família Médici e consequente fim da república, visou conquistar a graça dos novos governantes escrevendo em dedicatória a Lourenço de Médici. O livro foi idealizado como um manual do bom governante, que visa ensinar a melhor maneira de se chegar e se manter no poder, discorrendo sobre conceitos, ideias, teses, com o pensamento de que algumas coisas seriam fáceis de se realizarem, enquanto outras seriam em alguns pontos difíceis de se implantar. Para corroborar com suas ideias, ele cita diversos exemplos de outros reinos, como os espartanos, romanos, gregos, o que comprova uma de suas características, a preocupação pela história. Com isso ele também mostra sua preocupação com o momento histórico da Itália, alvo de invasões, fragilizada pela falta de unidade. Ele acreditava que a Itália deveria ser unificada, tornando-se assim uma grande potência. Primeiramente no capítulo I, intitulado “De quantas espécies são os principados e de que modos se adquirem”, ele observa que existem apenas dois tipos de governos, a república, que não é o seu foco no livro, e o principado, que tanto pode ser hereditário quanto novo. Maquiavel discorre sobre as facilidades e dificuldades de se governar um principado, principalmente em relação ao principado novo, visto que, para ele em um principado hereditário se encontram as menores dificuldades para se governar. Um ponto importante utilizado por Maquiavel em relação a conquista de um principado novo é que, para ocorrer o domínio pelo novo príncipe, estando o povo ou acostumados com um outro príncipe, ou habituados a serem livres, a aquisição desse se dá por meio de tropas e ainda por dois conceitos chaves, que são a fortuna e a virtude. Para o autor, um homem dispõem de dois meios para se tornar um príncipe, pelos seus valores próprios ou