Resenha de o príncipe
Apesar de que, provavelmente, Maquiavel tinha intenção inicial de dedicar a sua obra a Giuliano de Médici, irmão de Lourenço de Médici, o Magnífico, “O Príncipe” foi dedicado a esse último, em um momento em que os Médici tinham assumido o poder em Florença e Maquiavel tinha sido legado ao ostracismo, após a queda de Soderini. Dessa maneira objetivava provar a sua habilidade suprema, na esperança de que suas ideias fossem bem recebidas pelo novo Príncipe e assim pudesse reconquistar uma posição que lhe permitisse retornar à vida política ativa. Nesta época os Estados italianos não eram unificados como hoje, e Florença se destacava como um dos grandes Reinos ao lado dos Estados Papais, do Reino de Nápoles e do Ducado de Milão.
Os conceitos de Maquiavel têm por si que a base de todo o poder são boas leis e bons soldados, sendo a força o fator principal que assegura a manutenção do Estado, o que garante ao príncipe estabilidade. Tais bases são também os dois modos existentes de combate, mas a primeira nem sempre é autossuficiente. O príncipe deve então exercer a força e praticar atos criminosos se assim for necessário, mas deve moderar sua forma bruta usando-a racionalmente, e não é vantajoso demonstrar todas as virtudes que se tem em sua imagem pública, pois senão não conseguirá fazer o que