Resenha o príncipe maquiavel
O livro consiste em um manual prático para o bom governante, inicia-se com a classificação dos Estados, como conquista-los e a melhor maneira de manter-se no poder. O autor apresenta seus argumentos, e para fortalecê-los, apresenta também uma grande mostra de exemplos, citando vários impérios, desde os romanos, até os gregos e os próprios italianos. O autor analisa a sociedade de maneira fria e calculista. E assim descobriremos uma das singularidades de Maquiavel: a empiria dos conselhos ao governar pela intimidação e astúcia. Esta característica pode-se intitular como a Ciência Política de Maquiavel. A presente obra, foi escrita originalmente em 1505 e publicada em 1515 e desdobra-se em 26 (vinte e seis) capítulos, contendo 208 páginas.
Quando Maquiavel foi presentear Il Príncipe a Lorenzo De Medice (Lorenzo II), neto de Lorenzo o Magnífico, este o acolheu com frieza. Diz na dedicatória: “... E se bem julgue esta obra indigna da presença da Vossa Senhoria, ainda assim confio que, por vossa humanidade, possa ser aceito, considerando que eu não poderia fazer melhor presente que vos dar a faculdade de entender em muito pouco tempo o que aprendi e compreendi em muitos anos, com tantas provocações e perigos para mim mesmo.” O real motivo que levou Maquiavel a dedicar o livro a Lorenzo, é mostrado no último capítulo da obra.
Maquiavel inicia seu livro falando sobre os tipos de Estado, que segundo ele são repúblicas ou principados. Vale ressaltar a sua definição de Estado: “... todos os governos, que tiveram e têm autoridade sobre os homens foram e são ou repúblicas ou principados”(cap. I). Quanto aos principados hereditários, são mais fáceis de manter-se no poder, pois o povo estava acostumado com os antepassados, e se o príncipe mantiver os costumes antigos, coordenando junto com os problemas atuais, tendo ele