Resenha O Principe
O italiano Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, em 3 de maio de 1469, e nessa mesma cidade faleceu em 22 de junho de 1527. Era parte da corte de César Bórgia, atuando como embaixador deste, o qual era visto como uma pessoa bastante enérgica e inclusive inescrupulosa. Quando os Médicis tomaram o poder em 1512, o pensador florentino foi tirado de seu cargo e posteriormente exilado. Recebeu anistia em
1519, quando, ainda em Florença, voltou a realizar suas funções político-militares. Em 1527, por ocasão da instauração da república, Maquiavel é excluído da política. Apesar disso, em O Príncipe, livro dedicado ao magnífico Lorenzo II da Casa dos Medici, escrito em 1513 e publicado pela primeira vez em 1532, ou seja, após sua morte, a doutrina do pensador italiano é imortalizada. A obra se compõe de 26 capítulos nos quais Maquiavel discute as virtudes necessárias para que um homem se torne um verdadeiro príncipe. Já no primeiro capítulo: “De quantas espécies são os principados e dos modos de conquistá-los”, o autor menciona que todos os Estados representam repúblicas ou principados, os quais são hereditários, anexados a um Estado por herança, ou novos, recém-criados. De uma forma ou de outra, tais principados estão habituados à sujeição do príncipe, que os incorpora, ou são livres e adquiridos por ele com tropas de outros ou próprias. “ Conquistadas pela fortuna ou pelo mérito”.(p.27). A seguir, no segundo capítulo: “Dos principados hereditários”, Maquiavel prefere não mencionar a república e foca sua discussão apenas nos principados, os quais, segundo o pensador, são facilmente mantidos e governados, uma vez que o povo é afeiçoado à família, sendo necessário, ao novo príncipe, somente seguir a linha de atuação da família.
Ao falar dos “Principados Mistos”, no terceiro capítulo, o pensador menciona que estes são anexados a um Estado hereditário e