Resenha o futuro de uma ilusão
Sigmund Freud
O AUTOR
O livro Futuro de uma ilusão, publicado do original alemão Die Zukunft einer Illusion em 1927 foi escrito na conjuntura do depressivo período entre guerras por Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise, autor de vasta produção científica.
1No início, Freud aponta dos desafios que a civilização impõe as pessoas, como nessa própria relação. Ele aponta também acerca dos indivíduos, sendo poucos os que possuem a capacidade de abranger seu destino, pois isto depende de fatores pessoais de sua existência. É creditado que todo individuo é inimigo da civilização. A cultura humana, influência da 1º infância das pessoas, deveria educar os indivíduos visando uma melhor relação deles com a civilização, embora nenhuma até então tenha conseguido satisfatoriamente isso. Os homens, por exemplo, não são amantes do trabalho. A vida humana, considerada acima da vida animal oferece duas tendências, a saber, distribuição de riquezas e regulamentação da sociedade.
2Como anunciado por Freud, essa visão econômica passa para a psicológica e torna-se mais clara a luta bipolar entre individuo e sociedade. São vários desafios que a civilização tem de vencer; a luta contra os inimigos da cultura, os neuróticos (com desejos anticivilizatórios), rebeldes, destruidores, insatisfeitos e os que reprimem (por serem reprimidos). Nisso, a arte compensa a dor da civilização, enquanto a religião equivaleria a uma ilusão.
3O autor afirma que;
Já falamos da hostilidade para com a civilização, produzida pela pressão que esta exerce, pelas renúncias do instinto que exige. Se se imaginarem suspensas as suas proibições – se, então, se pudesse tomar a mulher que se quisesse como objeto sexual; se fosse possível