Resenha "Futuro de uma ilusão"
Freud inicia esse texto explicando como se iniciou a civilização, afirmando que tal aparato consiste da negação da condição animal(instinto)e coerção individual ao trabalho (através de um conjunto de regras), visando evitar as forças destrutivas da natureza e satisfazer as necessidades humanas. A criação de um ser social, segundo Freud, se dá através da coerção externa, através de 3 conceitos: frustração (instinto não satisfeito), proibição(regras que levam à frustração) e privação(condição causada pela proibição); sendo que a privação é fator essencial no desenvolvimento social, pois é esta que suprime os desejos instintuais. Ao relembrar a natureza, o fator impetuoso que levou à criação da civilização, Freud caracteriza o processo de defesa contra essa em passos, tais como: Primeiramente a sua humanização, pela incapacidade de entende-la; depois, por meio da observação de fenômenos e entendimento de leis naturais, tal face humana foi tirada e o homem encontrou-se numa situação de desamparo, situação na qual surgiram (da necessidade de tornar tolerável tal desamparo) diversas ideias, especialmente as religiosas. Tais passos são comparáveis na psicanálise ao desenvolvimento humano. Freud julga as razões para haver a crença insuficientes, já que se dão pela imposições transmitidas por antepassados (segundo o autor, seres mais primitivos) e proibição do questionamento, sendo que acontecimentos que levam à crença, individuais e intransferíveis. Ele deixa claro que o objetivo não é avaliar o fundamento de tais doutrinas, mas as razões pelas quais os homens creem, assim ele classifica as ideias religiosas principalmente como ilusões (ideias que derivam dos desejos humanos) gerado principalmente pelo medo de acontecimentos inexplicáveis. Quanto à atual importância da religião na sociedade, Freud refuta o fato de que esta é um elemento civilizador, já que o ciclo pecado-perdão se torna um refúgio para imoralidade e acrescenta