Resenha: O estresse na pesquisa epidemiológica
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DOUTORANDO: MARCOS BENATTI ANTUNES
RESENHA CRÍTICA
O artigo intitulado "O estresse na pesquisa epidemiológica: o desgaste dos modelos de explicação coletiva do processo saúde-doença" de Luis David Castiel publicado na revista Physis - Saúde coletiva, teve seu original disponível pela primeira vez em 1993 pela mesma revista e traz discussões sobre o estresse como objeto de estudo da epidemiologia. Logo na apresentação, o autor problematiza o fato do termo estresse ser tratado de forma polissêmica, mediante os diferentes contextos e aplicações.
Ao mesmo tempo ele sinaliza a necessidade/possibilidade de compreender esse conceito para além de uma perspectiva singular, buscando assim o entremeio das outras áreas de conhecimento, a exemplo: antropologia e psicanálise para assim mobilizar diferentes aspectos que possam contribuir com o avanço das pesquisas em epidemiologia.
No tópico "A teoria do estresse" o autor busca conceituar e nos apresentar os sentidos/significados dessa teoria, inicia esse exercício partindo do termo em inglês,
(stress) na perspectiva da física e da área biológica, passando para a língua portuguesa
(estresse) em que significa-se como a "resposta biológica a estímulos perturbadores de uma situação “estável”: 'conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras, capazes de perturbar-lhe a homeostase'". Essa definição é trazida pelo autor baseando-se nos estudos de Ferreira (1975), a qual foi desenvolvida inicialmente por Walter Cannon e defendida pela existência de proximidade entre a função neurovegetativa simpática e a atividade emocional. No entanto, percebeu-se que essa abordagem tinha limitações, ao se verificar que a indução adrenalínica pode se manifestar como raiva, euforia, medo, ou até não ser acompanhada por nenhuma emoção, em pessoas preparadas para isto.
Castiel