Resenha: o estranho poder das palavras

SENA, Odenildo. Palavra, poder e ensino da língua-2. ed./ Odenildo sena.- Manaus: editora valer, 2001

A palavra tem um poder extraordinário. Alem de simbolizar uma referencia, oculta, por trás dessa associação, emoções, atitudes, humores e índole. Oculta interesses às vezes carregados de escrúpulos, outras vezes exageradamente sórdidos, ou estados de espírito em que as referencias ocorrem.
Temos os tabus lingüísticos do passado em que o homem usa os elementos simbólicos para representar seus pensamentos e atuar como fator essencial no processo da comunicação que são tidos como permanentes causadores de espanto e ilusão. Os humanos usam muito as superstições que vem do passado, é como se, aparentemente, as pessoas estivessem livres dessas marcas, mas no intimo, acumulassem toda essa tradição verbal, o que nos permite ver nas palavras uma enorme força conservadora a povoar nossa vida. E impossível nos libertarmos totalmente das amarras da nossa linguagem e das concepções que ela representa e de hábitos e superstições que ate hoje envolvem as palavras.
Temos também os tabus lingüísticos do presente, em que muitas das superstições em torno da palavra foram absorvidas pelo mundo moderno. Isso se evidencia através do medo, da vergonha, da inconveniência do seu uso. O curioso é que os tabus acabam por impor proibições não apenas a certas pessoas, animais ou coisas, mas, sobretudo, á palavra.
O medo é um dos fatores que provocam o tabu verbal. Por ter pavor de seres sobrenaturais e da morte as pessoas acabam tentando evitar seus nomes, por exemplo, quando uma pessoa morre costumam dizer que essa pessoa “partiu para uma melhor” e etc. para algumas pessoas substituir os nomes causam menos impacto.
Há outra tendência humana que acaba sendo responsável por uma serie de outros tabus verbais. Trata-se da preocupação de por questão de delicadeza, evitamos a referência direta a assuntos que nos soam de forma desagradável. Outro grupo de palavras que acaba tendo o seu uso