Bartleby resenha
Oh Bartleby! Oh Humanidade! Já diria Hermam Melville na ultima página de seu conto "Bartleby, O Escrivão", conto que trata da história de um escrivão que fazia uma resistência passiva dentro de um escritorio de advocacia. Vemos no conto o quanto o "estranho" pode ser sujo, impuro e excluível como também como ele nós é interessante.
O conto de Bartleby com certeza não é algo que se refere apenas a época em que foi escrito, ele está presente também nos dias atuais, principalmente em como as pessoas se relacionam. Bartleby era um rapaz estranho, apesar de ótimo funcionário ele era diferente e isso incomodava os outros, seu patrão a princípio tenta entende-lo variando entre a atração pelo estranho e o ódio do mesmo, mas como Bartleby era praticamente um robô trabalhando ele deixava passar certas indelicadezas da parte dele, de certa forma ele pensava "bem o cara é estranho, mas produz duas vezes mais que os outros" como sabemos que no mundo capitalista, você é o que você produz então Bartleby ainda se encaixava em algo, mas Bartleby um dia se recusa a fazer tudo que o pedem, até o seu trabalho dizendo "prefiro não fazer" e é aí que tudo se complica, seu patrão fica com um individuo de comportamento estranho o qual não faz nada e na lógica capitalista se você não serve pra nada logo você não é nada, acho que isso deixaria descartes meio que em um "contra-pé" se pra descartes penso logo existo, pro mundo capitalista de hoje de um mercado tão cruelmente exigente a lógica da existência vira "produzo logo existo" se você desempenha algum tipo de função produtora de lucro que gere "ganância" você é alguém, é ótimo lembrar do exemplo das donas de casa quando falam assim "ah minha mulher não trabalha não, ela é dona de casa", como se ela não tivesse o que fazer em casa, como se cozinhar, passar, lavar não fossem nada, mas isso não gera lucro então para a sociedade de hoje isso não é trabalho. Voltando a Bartleby, uma das possíveis razões para seu comportamento