Resenha M Os Sujas

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ
FACULDADE DE MEDICINA

A simplicidade de uma valiosa descoberta
Resenha crítica sobre o capítulo “Mãos Sujas”, da obra “O século dos Cirurgiões”

Acadêmicos: Candice Detoni Gazzoni, Cristiane Stocco, Janaína Giotti,
Nível I
Disciplina: Ser estudante de medicina / Tornar-se médico I
Professor: Ricardo Ludwig De Souza Schmitt

Chapecó, fevereiro de 2015.
A assepsia das mãos, dos instrumentos médicos, bem como do vestuário e roupas de cama em clínicas e hospitais, apresenta-se como prática comum e indispensável na atualidade. Contudo, nem sempre foi assim. Por volta do século XVIII, Inácio Filipe Semmelweis deu início à pesquisa sobre a enormidade de casos de gestantes vítimas da Febre Puerperal. A jornada, longa e repleta de frustrações, buscava entender os motivos de ocorrerem tantas mortes, fato que viria modificar a história médica da humanidade.
Semmelweis, húngaro, com formação em Direito, abandonou a carreira jurídica após se encantar com a anatomia patológica durante uma passagem pelo necrotério do Hospital Geral de Viena. Então, decidiu ingressar na área da saúde, sendo nomeado assistente da Primeira Clínica Obstétrica de Viena.
Nessa época, a febre puerperal, infecção caracterizada pela fatalidade inevitável, dominava as seções de obstetrícia do Hospital. Habitualmente, as mulheres sem condições financeiras e excluídas da sociedade davam à luz nesse local; já aquelas com alguma condição realizavam o parto em casa. Essa distinção de classes sociais evidenciava a despreocupação das autoridades com as inúmeras mortes, uma vez que nada fizeram para buscar a solução para o problema.
Inconformado com a aceitação em massa do caos que se instalava na seção de obstetrícia, Semmelweis resolveu sondar os motivos de tantas infecções por febre puerperal. Realizou diversas autopsias, na companhia de estudantes, visando encontrar explicações para tal situação. Deparava-se sempre com o mesmo quadro: cadáveres