Resenha G Duby
Luiziane Lilian Baroni
DUBY, Georges. A sociedade cavaleiresca; tradução Antônio de Pádua Danesil, — São Paulo: Martins, Fontes, 1989. 164p.
Georges Duby é um historiador francês especializado na Idadé Média, integrado a Escola dos Annales e seguidor dos trabalhos de Marc Bloch. Dentre suas obras mais conhecidas, destacam-se O ano mil (1974), O tempo das catedrais (1976), As Três Ordens ou o imaginário do Feudalismo (1978) e Guilherme o marechal (1984).
A obra A Sociedade Cavaleiresca é parte de uma obra em dois volumes publicada como Homens e estruturas da Idade Média, da qual também faz parte a obra Senhores e Camponeses.
Ela é dividida em três partes, constituída de textos que já haviam sido publicados por ele em diversos meios, como a Revue historieque (1961), Annales: Économies, Societés, Civilisations (1958), Revue roumaine d’histoire (1970) entre outros. Ele busca refletir sobre as origens da cavalaria na França medieval, sua relação com a nobreza francesa e de maneira mais abrangente, trata sobre o próprio feudalismo.
As pesquisas do autor utilizaram, além de pesquisas de outros pesquisadores, censos, literatura, narrativas, cartas, genealogias, mapas, fotografias, entre outros.
Na primeira parte, Nobreza e cavalaria, o autor traça um paralelo entre os cavaleiros com a nobreza e com a Igreja. Afirma que os cavaleiros a partir de 1150, constituem uma classe aristocrática, porém não chegam a fazer parte da nobreza e durante o século XIII passam a se firmar dentro dessa aristocracia, enquanto os nobres passam a perder seu lugar na mesma. Com o estudo de genealogias, percebe-se que a nobreza e a cavalaria constituem-se em classes distintas embora, não impedisse que alguém de origem nobre se tornasse um cavaleiro, por exemplo.
A relação Igreja e cavaleiros se dá quanto aos concílios de paz. Inicialmente, esses apresentam que os cavaleiros são conferidos os poderes de julgar e punir, através das armas, pelo poder