Resenha a era dos extremos-guerra fria
A Guerra Fria entre EUA e URSS dominou o cenário internacional durante a segunda metade do século XX. Sua particularidade era o fato de que, em termos objetivos não havia perigo iminente de uma guerra mundial. A União Soviética exercia influência sobre uma parte do mundo e não tentava aumentar essa influência com uso de força militar. Os Estados Unidos exerciam controle sobre o resto do mundo capitalista e não interferia na zona aceita de hegemonia soviética. Até a década de 1970 esse acordo se manteve. Assim que a URSS adquiriu poder nuclear, as duas superpotências abandonaram a guerra como um meio político viável, visto que isso claramente seria um pacto suicida. Contudo, chegaram a usar a ameaça nuclear em diversas ocasiões sem intenção de realizá-la de fato.
A Guerra Fria apoiava-se numa crença ocidental de que o futuro do capitalismo mundial era incerto. Era esperada uma grave crise econômica mundial pós-guerra. Os planos do governo americano se preocupavam mais em impedir uma segunda Grande Depressão do que em evitar outra guerra.
Após a guerra, a URSS não representava perigo. Fora destruída e sua economia estava em crise. Consciente de sua precariedade e insegura, via-se frente ao poder mundial americano. Enquanto os EUA atentavam para o perigo da possibilidade futura de uma supremacia soviética mundial, a URSS se preocupava com a então hegemonia real americana.
O governo americano preocupava-se ainda com eleições. Para tanto, o anticomunismo viria a ser útil, originando assim o tom apocalíptico da Guerra Fria. Porém, a “conspiração comunista” não era um elemento relevante na política interna dos governos democráticos. Seu principal foco era conter o comunismo, e não destruí-lo.
Embora o confronto militar tenha sido o aspecto mais óbvio da Guerra Fria, esse não foi o maior impacto causado por ela. Como consequências políticas, ela polarizou o mundo em dois lados fortemente divididos e levou à