Resenha: A Emergência e o Campo da Teoria Organizacional
Resenha: A Emergência e o Campo da Teoria Organizacional
Aluno: Robes Baima Amarante
O texto “Os Corpos Dóceis” de Foucault inicia-se comentando sobre o arquétipo do soldado ideal desde o século XVII, apresentando os atributos desejados e valorizados para esse papel. Percebemos que esses atributos estão associados ao poder e a força e que ao passar dos anos vão definindo um soldado hábil, especializado e padronizado.
Esse “homem máquina” seria o resultado de um adestramento e de uma redução materialista da alma, um homem manipulável e dócil. Muitos processos disciplinares existiam há muito tempo nos conventos, nos exércitos e nas oficinas também. Mas as disciplinas se tornaram, no decorrer dos séculos XVII e XVIII, formas gerais de dominação. Esse domínio não deve ser confundido com escravidão, domesticidade, vassalidade e nem ascetismo. Uma política de coerção é montada com o objetivo de que os corpos operem como desejado, com a rapidez e a eficácia que se determina.
A disciplina é alcançada através da utilização de várias técnicas. A especificação de um lugar heterogêneo aos demais e fechados, como colégio e quarteis, foi uma dessas técnicas utilizadas. Em 1745, havia quartéis em 320 cidades aproximadamente; e estimava-se mais ou menos em 200.000 homens a capacidade total dos quartéis franceses em 1775. Em paralelo a estruturação desses lugares disciplinadores, foram criadas fábricas, que alojavam seus próprios operários.
Diante desse cenário, torna-se fácil identificar diversos elementos e características comuns entre todos esses espaços em que a disciplina se sobrepunha a tudo. Conventos, colégios, quartéis e fábricas. Sinos que determinam os horários, restrições e fortes regras, a figura de alguém que dá as ordens e um controle exacerbado, são elementos em comum a todos esses locais.
Outro exemplo citado por Foucault é o Hospital Marítimo de Rochefort, um lugar que tende a ser caótico devido à