Resenha - a apologia de sócrates
2045 palavras
9 páginas
Resenha de Filosofia – A Apologia de Sócrates. A Apologia de Sócrates é a versão de Platão de um discurso feito por Sócrates, mais precisamente a sua defesa perante o tribunal que o acabaria por condenar à morte devido aos crimes de corromper a juventude, não acreditar nos deuses e criar novos deuses. O texto começa com a afirmação de Sócrates de que seus acusadores não dizem verdade alguma, apesar de que, em alguns momentos, por tão convincentes que fossem e por se utilizarem tão bem da retórica, fizessem até o próprio Sócrates acreditar que podia ser culpado. Nesta afirmação está expressa a contraposição entre a sofística e a filosofia. Os acusadores de Sócrates seriam exemplos de sofistas, ou seja, pessoas que, sem se preocuparem com a veracidade daquilo que dizem, tentam convencer outros através da eloquência e do dom da fala e da persuasão. Sócrates, por outro lado, é um filósofo, portanto, sua preocupação é muito mais com a Verdade de seus argumentos do que com o seu discurso. Ele, inclusive, pede que os presentes no tribunal não estranhem se ele se utilizar da mesma linguagem usada nas praças de Atenas – afinal, desconhece o linguajar jurídico. Deseja, portanto, que os jurados examinem apenas se o que diz é justo ou não. Prosseguindo com o discurso, Sócrates menciona duas categorias de acusadores: os mais antigos e os mais recentes, e declara que se defenderá primeiro dos de longa data, pois suas acusações, por terem sido ouvidas há mais tempo, devem parecer mais acertadas aos presentes. Atesta, também, que sabe que o que está prestes a fazer, convencer os jurados de que é inocente, é difícil (disso não lhe restam dúvidas ou ilusões), mas acredita que as coisas tomarão o rumo que deus decidir. Durante o texto inteiro, aliás, Sócrates menciona deus e suas vontades. Consciente ou inconscientemente, esta é uma forma de os jurados considerarem a veracidade da acusação do ateísmo do filósofo. A acusação mais antiga de Sócrates, que desencadeou todas as