Resenha de "apologia de sócrates"
Texto: “Apologia de Sócrates” – Tradução: Enrico Corvisieri Resenha:
Nesse texto escrito por Platão, que se passa no ano de 399 a.C., é apresentada a fala em primeira pessoa de Sócrates, em um tribunal, num momento em que tenta convencer os presentes de sua inocência com relação aos crimes apresentados por Meleto, Ânito e Lícon.
A apologia é dividida em três partes principais: a primeira é um questionamento de Sócrates sobre o julgamento em si, tentando entender o porquê de ele ser condenado e mostrando seu ponto de vista; uma outra em que ele faz uma análise da votação e sugere uma pena; e, por último, dois breves discursos dirigidos aos que o condenaram e aos que o absolveram.
Na primeira parte Sócrates refuta as acusações sobre ele, que são: corromper a juventude, desacreditar nos Deuses e criar novas divindades. O filósofo, ao longo do relato, faz uma análise sobre o que poderia ter levado à sua acusação, relembrando de sua vida de modo tranquilo, sem nunca tentar suplicar aos juízes, como visto no trecho “Parece-me não ser justo rogar ao juiz e fazer-se absolver por meio de súplicas; é preciso esclarecê-lo e convencê-lo”. Ele tenta mostrar o verdadeiro objetivo de sua missão, afirmando que, durante ela, criou para si vários inimigos, pois ganhou a reputação de ser o mais sábio dentre os homens.
Em um dos momentos do julgamento, Sócrates, para se defender de Meleto, lança várias questões ao poeta, esperando que ele desse respostas claras e que confirmassem as acusações, porém todas se contradizem e Sócrates conclui que o verdadeiro motivo de sua acusação se deve ao fato de muitos quererem o seu mal pelo fato de ter falado nada mais do que a verdade.
Na segunda parte, durante a análise da votação, o filósofo percebe que foi absolvido, pelos votantes, das acusações de Meleto, mas acabou sendo condenado por haver também Ânito e Lícon: “No que se refere a Meleto, creio que fui absolvido... não fossem subirem Ânito e Lícon para