Resenha apologia de sócrates
Quando se fala sobre o julgamento de Sócrates, pela distância de tempo em que nos encontramos dele, parece ser fácil emitir um juízo condenatório à aqueles que o forçaram a beber cicuta. Pode-se perguntar: quantos atenienses viam Sócrates com nossos olhos? Até mesmo a justiça ateniense era capaz de barbaridades. O julgamento de Sócrates tem aspectos importantes a serem analisados. Primeiro: não houve precipitação. Sócrates como qualquer réu teve a oportunidade de se defender sobre as acusações que lhe eram feitas, de corromper a juventude, de negar a existência dos deuses da cidade e de promulgar a existência de novos deuses. Seus acusadores não eram pessoas vulgares na sociedade da época, foram homens de renome, que faziam parte da elite ateniense, sendo eles políticos, poetas-Platão cita Meleto e Ânito.
Mas a lei na qual Sócrates fora julgado era claro: Todos os que não acreditassem nos deuses ou ensinassem doutrinas das coisas do espaço deveriam ser condenados. Obviamente que sobre tais acusações foram levianas e irrelevantes e que por detrás de tais existissem motivos políticos.
Mesmo com o seu discurso de defesa, onde Sócrates mostrou desempenhar suas funções religiosas publicamente, que respeitava os deuses e de que não negava a existência de tais, apesar de dizer que havia uma entidade que lhe sussurrava ao ouvido, o que parecia então a criação de um novo deus, Sócrates foi condenado. Mas como poderia Sócrates ter desprezo pelos deuses uma vez que confiou nas palavras do Oráculo de Delfos e foi em busca daquilo que tinha ouvido?
Legalmente não houve desvio ou arbitrariedade, todas as acusações eram previstas em lei. Dentro das circunstancias em que se passou o processou do julgamento de