Resenha tropa de elite 2
Disciplina: Filosofia Jurídica
Docente:
Resenha
No primeiro longa-metragem o alvo era o tráfico de drogas, o BOPE era tido como uma solução para o problema da violência no Rio de Janeiro. Em Tropa de Elite 2 a corrupção política está no centro da trama, tentando nos mostrar como somos manipulados pelo sistema. O filme reflete o lado mais perverso da criminalidade no Brasil: a corrupção e a busca de votos sem se preocupar com os meios utilizados para garantir a vitória nas urnas. O foco do poder agora não é mais dos ladrões e traficantes, descamisados e de chinelos, mas dos bandidos que usam terno e gravata. Segundo Foucault a punição e a vigilância são poderes destinados a educar (adestrar) as pessoas para que essas cumpram normas, leis e exercícios de acordo com a vontade de quem detêm o poder. Elas podem ser encontradas em várias entidades estatais, como hospitais, prisões e escolas. O poder passa a ser compreendido não por sua propriedade e sim como relação e estratégia. Mas em se tratando de política, fica difícil ser afastado os conchavos, acertos financeiros, acordos duvidosos e alianças espúrias. A sociedade acaba se curvando aos ditames de regras injustas e traiçoeiras. Tornando-se alvo fácil, prisioneira de um sistema cruel que as calam e as dominam, onde quem detém o poder manda, pensa por ela. O mau uso do poder é retratado no filme por policiais e políticos corruptos. Surgindo uma força opressiva e violenta na disputa pela hegemonia do controle dos aglomerados da cidade: as milícias. Grupos de policiais iniciam ocupações recheadas de assassinatos de traficantes e expulsões de seus familiares. Esses grupos armados paramilitares agem com a funcionalidade dos grupos mafiosos: cobram pela segurança que estaria ameaçada pela presença deles próprios, mas vendem proteção. E estas forças de dominação
violenta do espaço pobre da cidade contam com o apoio declarado do Secretário de Segurança Pública