Resenha Tropa de elite 2
Falando primeiro nos números: ao fim dessa primeira semana de exibição o longa já superou a marca de três milhões de espectadores. E muito provavelmente deve figurar entre as produções nacionais mais vistas desde a Retomada do cinema nacional no início da década de 90.
Quanto à qualidade, o filme agradou e muito a crítica, até àqueles que chamaram o primeiro longa-metragem da série de fascista em 2007 - talvez por uma leitura superficial da trama e dos personagens - teceram elogios ao segundo filme da série. Já a aceitação do público pode ser medida em qualquer seção do filme nos cinemas, já que é evidente a empolgação e o envolvimento deste com a história. Cada cena desperta reações quase que involuntárias nos espectadores. Ao final do filme, é inevitável pensar na realidade brasileira em relação à violência e aos interesses políticos que a cercam.
A princípio o filme discute os direitos humanos, contrastando o agora Coronel Nascimento (Wagner Moura) com um novo personagem da trama, o Deputado Fraga (Irhandir Santos). Com desenrolar da história é perceptível a evolução na maneira de pensar do ainda protagonista e narrador, o que não acontece no primeiro filme, onde, apesar de todos os conflitos, Nascimento permanece com a mesma mentalidade durante toda a história.Mais adiante é abordada a questão das milícias no Rio de Janeiro, que no filme é apresentada como uma solução ineficaz e eleitoreira, cujas práticas são parecidas com algumas dos próprios traficantes, quando estão controlam as favelas.
A discussão evolui e acaba colocando em pauta a maneira com que o sistema muda, quando se tenta combatê-lo, para