Antropologia

2341 palavras 10 páginas
Resenha do livro: O desaparecimento da infância Autor: Neil Postman Editora: Graphia, Rio de Janeiro, 1999. ISBN: 8585277300 Número de chamada da biblioteca virtual da PUC-RIO: 305.23 P858 CD

Este livro mostra de onde veio a idéia de infância, por que floresceu durante 350 anos e por que está desaparecendo hoje. O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira sobre o aparecimento da infância, como uma construção social surgida a partir das condições de comunicação que a tornaram inevitável. A segunda parte situa-se nos tempos atuais e mostra como a passagem do mundo de Guttenberg para o de Samuel Morse transformou a infância em uma estrutura social inevitável. O autor mostra como os meios de comunicação afetam os

processos de socialização a partir da idéia de que a prensa tipográfica criou a infância e de que a mídia eletrônica a fez desaparecer. Na primeira parte, intitulada 'A invenção da infância', o autor discorre sobre o surgimento da idéia de infância a partir da invenção da prensa tipográfica no século XVI. Primeiramente, ele mostra como os gregos, apesar de não haver restrições morais ou legais a respeito da prática do infanticídio, deram o prenúncio da idéia de infância ao inventar a idéia de escola. Os romanos tomaram emprestada a idéia grega de escolarização e a ela adicionaram a noção de vergonha, o que pode ser considerado um passo crucial na evolução do conceito de infância. As invasões bárbaras, juntamente com o colapso do Império Romano e a imersão da Europa na idade das trevas e na Idade Média, fizeram o conceito do termo ‘infância’ desaparecer junto com a capacidade de ler e escrever; junto com a educação e o sentimento de vergonha. O que aconteceu na Idade Média foi que todas as importantes interações sociais aconteciam oralmente (através da fala), face a face, e assim permitiram a entrada das crianças no mundo dos adultos. Segundo o autor, Rousseau parece estar certo ao dizer que o ato da leitura é o fim da infância, uma vez que

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