resenha the doctor
O filme retrata a vida de um cirurgião, que trata a todos com indiferença, ele é arrogante e egoísta, seus pacientes são números. Sua relação familiar é fria e distante devido ao ar superior que ele impõe não só aos pacientes como a sua família. A relação dele com o filho e a esposa se baseia em total afastamento, não é uma relação familiar presente, sempre esquecendo compromissos e achando que seus pacientes não passam de números, ou patologias. O médico achava que seu trabalho era mais importante que outros aspectos de sua vida. Tanto que, mesmo que todas as pessoas ao seu redor o aconselhassem a procurar um especialista pare ver o motivo de sua tosse, não o fazia. Após consultar uma médica que o tratou da mesma forma que ele próprio tratava seus pacientes -como apenas mais um caso- ele começou a perceber como estava tratando mal os seus doentes, já que os encarava não como pessoas, mas como mais um caso de doença que deveria ser curada.
A vida desse cirurgião tem uma volta completa ao perceber a rotina de dor e sofrimento que um paciente passa devido às consequências de um atendimento difícil em uma época de total vulnerabilidade.
O filme mostra diversos aspectos que são difíceis em nossa rotina como acadêmicos de medicina, nem sempre é fácil se colocar no lugar de uma pessoa para ver o que ela sente, e sofre. Esse filme é um exemplo de quão importante é a relação entre médico e paciente. Pois uma simples explicação, uma palavra pode mudar totalmente o dia, a rotina e até mesmo a vida do doente. Devemos lembrar que além de uma doença o paciente tem uma vida, um nome, e uma família. Golpe do destino é um filme que todos que lidam diretamente com a vida das pessoas deveriam assistir, pois muitas vezes acham que estão acima dessas e esquecem-se de sua verdadeira intenção que é ajudar.