Resenha do filme the doctor (um golpe do destino)
O filme narra um período de transformação na vida do famoso cirurgião Jack MacKee, uma pessoa egocêntrica e arrogante, que julgava, pelo status sacerdotal (quando não divino) que o medico adquire da sociedade por deter o conhecimento sobre “a vida e a morte” e que por ele foi cultivada de maneira ímpar, ser invulnerável as “fraquezas” humanas, como a doença, a necessidade de lazer ou de afeto. Esse distanciamento do doutor MacKee do “mundo humano” o fez ficar alheio aos sentimentos, demonstrando imensa insensibilidade para com as preocupações dos doentes e da sua própria família, não só desprezando-as como desdenhando delas. Tudo isso começa a mudar quando, após passar um longo período ignorando uma tosse (crendo na sua invulnerabilidade), vai fazer uma consulta e é surpreendido pela frase “você tem câncer”, dita de maneira tão sistemática e impessoal quanto seu antigo procedimento médico (“Entre, concerte e caia fora”). Então fica claro de que a filosofia de que a vida é uma grande piada não passava de uma “válvula de escape” para evitar encarar de maneira séria os problemas do dia-a-dia e que ele era despreparado para isso. A partir do instante em que o doutor MacKee passa a “ser doente”, que passa a ser tratado como ele tratava seus pacientes: como uma doença, ele começa refletir sobre sua maneira de agir anteriormente, quando desconhecia seus pacientes e os tratava apenas como “um caso de infarto” a entrar na estatística, sem ter direito a voz ou opinião. Na fase em que as angústias pareciam estar chegando a um ponto crítico, ele conhece June Ellis, uma paciente (ou como fica claro no filme, um anjo) em estágio terminal de câncer que apesar de estar em um estado muito pior, parece lidar melhor com a situação. Jack então começa a reencontrar seu lado humano, criticando a frieza dos profissionais de saúde que agem como ele agia antes do câncer e valorizando aqueles que ele