Resenha ter ou ser
Cultura Religiosa
Caio Chagas Pena 3ºPeríodo Manhã
Resenha texto Ter ou Ser de Erich Fromm
Fé Inicialmente autor distingue o “ter fé” do “ser fé”. Erich Fromm afirma que o “ter fé” significa aceitar uma verdade provinda de alguém, uma forma preguiçosa de buscar uma certeza para tudo, uma resposta simples e gratuita. Neste caso a fé que o sujeito tem não é fruto dele, de sua visão crítica do mundo, mas sim fruto de uma concepção preconcebida do mundo que fora imposta por alguma autoridade ou mesmo por uma outra pessoa, a crítica aqui está na ausência de autonomia para embasar a sua opinião, a sua fé. O autor denuncia ainda que o “ter fé” transforma Deus em um ídolo, ele objetiva a sua representação, deixando de ser um símbolo metafórico e passando a ser um objeto, objeto este que torná-se dono do possuidor desta fé, sendo justificativa alienada para ações diversas, por este ídolo os possuidores da “fé como ter” podem agir por muitas vezes de maneira contraditória, por justiça cometerem injustiça, por bondade cometerem a maldade, exemplos na história de “guerras santas”(cruzadas) nas quais houveram inúmeras atrocidades. Observe que aqui há o retorno de Erich Fromm á crítica na ausência de autonomia crítica daquele que possui a fé “do modo ter” e na consequente alienação deste. Se para Erich Fromm a “fé no sentido ter” é alienação cega das coisas deste mundo, mera aceitação de uma verdade imposta por uma autoridade, será então “fé no sentido ser” o oposto, se refere aqui o autor na crença nas coisas deste mundo embasadas na sua experiência de vida :“Acaso não deverá a criança ter fé no seio materno?”(par 4, linha 2). O autor expressa aqui a fé como fruto de uma concepção crítica do mundo, em que espera-se do seu possuidor uma crença não cega, não vazia e fútil, mas uma crença embasada, confunde-se muito esta fé com esperança:“De fato sem fé tornamo-nos estéreis, desesperançados, temerosos