Resenha sobre o texto A voz do desejo – Rubem Alves
O autor aborda também pensamentos contemporâneos, de Feuerbach e Freud. Os sonhos, para nós, não possuem sentido algum. No entanto, uma questão diferente é levantada: E se os sonhos forem expressões da alma humana, e se eles refletem os nossos desejos mais profundos? “Sonhos são as religiões dos que dormem. Religiões são os sonhos dos que estão acordados”.
Pela ótica da psicanálise, Rubem Alves fala sobre o conflito que se configura dentro de cada ser humano, o desejo em contraposição às regras da sociedade. Costumamos desejar o que não podemos ter. Se a sociedade estabelece proibições, é por ali que o desejo procura se infiltrar. Além disso, a essência do indivíduo é a repressão de si mesmo, para não ser reprimido pela sociedade, o indivíduo se proíbe de fazer tudo que deseja.
Tendo dito isso, podemos comentar o título do texto: a voz do desejo. Essa voz seria o sonho, que nos diz o que realmente queremos, sem interferência da sociedade na qual estamos inseridos. E é a partir desse desejo que nasce a religião, como esperança de prazer. Deus seria o coração fictício que o desejo inventou para tornar o universo mais humano e amigo.
Freud e Feuerbach discordam em alguns aspectos. Para Freud, os sonhos são memórias inúteis de um passado que não pode ser