Trabalho sobre o livro: Vidas Secas
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL
FACULDADE DE LETRAS
VIDAS SECAS: ALGUNS ASPECTOS
Castanhal
2013
VIDAS SECAS: ALGUNS ASPECTOS
Trabalho apresentado para obtenção ? Faculdade de Letras do Campus Universitário de Castanhal, Universidade Federal do Pará, sob a orientação do professor Dr. Sergio Alves.
Castanhal
2013
VIDAS SECAS: ALGUNS ASPECTOS
Este trabalho, de caráter bibliográfico, tem por objetivo analisar a obra Vidas Secas, do autor Graciliano Ramos, abordando as questões sociais que envolvem o espaço e o contexto do nordeste brasileiro representado no romance. Procura-se, a princípio, entender as transformações culturais que envolvem o contexto do romance de 30 ou do neorrealismo. “Somos hoje contemporâneos de uma realidade econômica, social, politica, cultural que se estruturou depois de 30” (BOSI, 2006, p. 409), isto é, posterior a Semana de arte moderna. Sabemos que poesia, a ficção, a crítica saíram inteiramente renovadas do modernismo. Como bem escreve Bosi (2006) “reconhecer o novo sistema cultural posterior a 30 não resulta em cortar as linhas que articularam a sua literatura com modernismo. Significa apenas ver novas configurações históricas a exigirem novas experiências artísticas” (idem, p.411). Durante o período de 1930-1945, tanto a literatura quanto as artes plásticas no Brasil foram essencialmente “ideológicas”, voltadas que estavam para a discussão dos problemas brasileiros. “Tinha-se o Nordeste decadente, as agruras das classes médias no começo da fase urbanizadora, os conflitos internos da burguesia entre provinciana e cosmopolita (fontes da prosa de ficção)” (BOSI, 2006, p. 412). O grupo de 22 abriu caminhos para formas multifacetadas de ler e narrar o cotidiano. Em suma, “o Modernismo e, num plano histórico mais geral, os abalos que sofreu a vida brasileira em torno de 1930 (a crise