Resenha sobre o filme A Onda
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Resenha crítica do filme A Onda (The Wave) O filme faz uma abordagem à política (com a discussão sobre várias ideologias e regimes como a autocracia, o anarquismo, o fascismo e o nazismo); à alienação (com a aceitação da imposição de uma determinada norma por parte dos alunos que não se prestam a questiona-la) e ao vazio de identidade da juventude. O que instiga o professor Wegner a realizar o tal experimento no filme é o fato de uma parte da sala alegar que é possível que haja uma nova ditadura militar na Alemanha nos dias atuais, enquanto outros defendem o contrário. No começo do filme, alguns alunos da turma de autocracia mostram maior interesse no anarquismo, que é o regime “sem governantes”. Porém, mais tarde, conforme começam a ficar empolgados com a Onda, esses mesmos alunos passam a seguir uma ideologia contrária à que antes acreditavam. Temos um exemplo concreto disso quando, na noite em que os jovens estão espalhando o símbolo da Onda pela cidade, eles decidem pichar por cima do símbolo anarquista que já estava no local. Isso nos mostra como os jovens que ainda estão em formação e desenvolvimento intelectual podem ser facilmente influenciados, a ponto de passarem a seguir algo totalmente contrário à suas opiniões anteriores. Os alunos chegam ao ápice da alienação quando começam a se fechar em um único grupo – A Onda – e passam a excluir e até discriminar quem não faça parte desse grupo, barrando pessoas que não usam a camiseta branca que é tida como uniforme da Onda e que não fazem o cumprimento de saudação, e além disso obedecendo cegamente aos comandos de seu superior, tornando-se uma grande massa de manobra. Há um pequeno grupo que vai contra a Onda e tenta conscientizar os alunos e o professor que esse projeto está fora de controle, uma representação do pensamento crítico no filme, pois dentre toda a massa de manobra na qual se transformaram os alunos, ainda há alguns poucos que não se deixam influenciar pela forma fascista e